sexta-feira, 11 de julho de 2014

Processo de silencio.

Estou à alguns dias falando apenas o necessário com pouquíssimas pessoas.  O motivo dessa atitude? Precisava de um momento, ou um pouco mais que isso a sós comigo mesma, reunida com meus pensamento, não irei mentir aqui: algo sério aconteceu, não nenhum parente faleceu, eu apenas amadureci. Faz tempo que isso vem acontecendo – desde o  dia em que parei de ver minha imagem infantilizada no espelho -, porém só nesse mês me dei conta de que preciso admitir esse amadurecimento para mim mesma.
Esse processo me mostrou algumas coisas, uma delas é que eu tenho uma voz, e mais: aprendi como usa-la ...expondo meu lugar no mundo, defendendo minhas ideias com uma boa conversa, sem brigar. Confirmei que sim, o tempo é sábio e fazer muitos planos não é tão necessário assim. Agora vivo com mais sede de conhecimento, com mais vigor, e com uma dose generosa grandiosa de amor e liberdade, com coragem também!
A mudança na vida adulta é algo importante para o nosso próprio conhecimento, além disso existe algo comum nesse mundo novo: o medo e decisões que precisam ser tomadas por nós, esse medo as vezes nos invade e temos que beber uma dose de coragem levantar a cabeça e seguir em frente com medo mesmo.
Nesse tempo onde me encontro com minha alma, descobri, percebi sentimentos belos. Alguns caminhos por onde seguir. Desculpe menti, admito que essa mudança está viva á mais ou menos 3 meses, hoje controlo minha ansiedade – descobri que posso meditar, com uma concentração única, é possível – Um amigo querido com quem trabalhei, disse-me uma frase curiosa, e foi bem no começo do processo de mudança, e agora faz total sentido “Confia nos teus pés, eles sempre irão lhe guiar”, e como sou bem criativa peguei essa frase e acrescentei algumas coisas, “Confiar nos teus pés, e no teu coração”.
Sobre minhas opiniões e ideias: direi sim, claro que com toda calma e educação, porque na verdade mesmo se forem ditas para família ou para estranhos, com calma ou não, nossa opinião não é igual á dos outros, e eles podem se magoar. Tomei consciência de que o “Não” também é necessário (e... dizer “não” é muito mais difícil do que ouvi-lo).

Falando em “dizeres”, finalmente perdi a vergonha de expor meus sentimentos sobre qualquer coisa, se estou com medo, eu falo, se estou feliz ou triste, também falo, se tenho que conversar com uma pessoa, eu sento e converso (recorde: se está com medo, arrume uma coragem e vá com medo mesmo), e já que existem alguns “nãos” por aí, e claro que existem milhares de “SIM”, e para uma mudança isso conta muito. 

(álbum)

De longe ouve-se os passos da moça que, está com os sapatos em uma das mãos. Ela caminha tão levemente que praticamente flutua sob as pequenas pedras próximas ao rio, ela vem calma, com uma mudança no olhar, cresceu finalmente e está confusa, não sabe bem por onde ir: então decidiu seguir e confiar em seus pés e, em seu coração! Só o destino lhe dirá o caminho dela, cabe à nós, esperar para ver o lugar onde aquela moça irá. -Trecho Original de Reflexos, Mariana Moreira