Estou à
alguns dias falando apenas o necessário com pouquíssimas pessoas. O motivo dessa atitude? Precisava de um
momento, ou um pouco mais que isso a sós comigo mesma, reunida com meus
pensamento, não irei mentir aqui: algo sério aconteceu, não nenhum parente
faleceu, eu apenas amadureci. Faz tempo que isso vem acontecendo – desde o dia em que parei de ver minha imagem
infantilizada no espelho -, porém só nesse mês me dei conta de que preciso
admitir esse amadurecimento para mim mesma.
Esse
processo me mostrou algumas coisas, uma delas é que eu tenho uma voz, e mais:
aprendi como usa-la ...expondo meu lugar no mundo, defendendo minhas ideias com
uma boa conversa, sem brigar. Confirmei que sim, o tempo é sábio e fazer muitos
planos não é tão necessário assim. Agora vivo com mais sede de conhecimento,
com mais vigor, e com uma dose generosa grandiosa de amor e liberdade, com
coragem também!
A mudança na
vida adulta é algo importante para o nosso próprio conhecimento, além disso
existe algo comum nesse mundo novo: o medo e decisões que precisam ser tomadas
por nós, esse medo as vezes nos invade e temos que beber uma dose de coragem
levantar a cabeça e seguir em frente com medo mesmo.
Nesse tempo
onde me encontro com minha alma, descobri, percebi sentimentos belos. Alguns
caminhos por onde seguir. Desculpe menti, admito que essa mudança está viva á
mais ou menos 3 meses, hoje controlo minha ansiedade – descobri que posso
meditar, com uma concentração única, é possível – Um amigo querido com quem
trabalhei, disse-me uma frase curiosa, e foi bem no começo do processo de
mudança, e agora faz total sentido “Confia nos teus pés, eles sempre irão lhe
guiar”, e como sou bem criativa peguei essa frase e acrescentei algumas coisas,
“Confiar nos teus pés, e no teu coração”.
Sobre minhas
opiniões e ideias: direi sim, claro que com toda calma e educação, porque na
verdade mesmo se forem ditas para família ou para estranhos, com calma ou não,
nossa opinião não é igual á dos outros, e eles podem se magoar. Tomei consciência
de que o “Não” também é necessário (e... dizer “não” é muito mais difícil do
que ouvi-lo).
Falando em “dizeres”,
finalmente perdi a vergonha de expor meus sentimentos sobre qualquer coisa, se
estou com medo, eu falo, se estou feliz ou triste, também falo, se tenho que
conversar com uma pessoa, eu sento e converso (recorde: se está com medo,
arrume uma coragem e vá com medo mesmo), e já que existem alguns “nãos” por aí,
e claro que existem milhares de “SIM”, e para uma mudança isso conta muito.