Ela estava sentada sobre aquela grama bem cuidada e extremamente verde. Os cabelos soltos, adulados, balançavam contra o vento – longo, castanho escuro e com algumas mechas isoladas em tons de roxo -.
Como o vento estava ficando forte a cada minuto, pequenas flores ficavam encaixadas no cabelo dela. Seu corpo, encolhido sobre os joelhos dobrados, ouvia-se um pequeno choro, muito baixo, para que ninguém a ouvisse.
- Catarina! – chamou a mãe de frente a casa
A jovem levantou-se rapidamente, secando as lagrimas. Encostou-se em um tronco de uma árvore muito antiga,olhando para a mãe que não estava tão distante. A mãe, Anna, percebendo a tristeza de sua única filha, caminhou lentamente até a árvore , tocando o rosto úmido da menina, secando suas lagrimas com a ponta dos dedos.
- O que lhe aflige meu anjinho? - perguntou Anna
- O amor.. – hesitou, engolindo uma lagrima – é um sentimento tão complicado,tão difícil de entender, nos faz chorar.
- Ah minha querida.. – a mãe logo a abraçou forte – Tu és tão moça jovem para se entregar profundamente ao amor.- disse-lhe
Catarina deitou no colo da mãe e chorou baixinho, soluçando um pouco. Anna acariciou os fios do cabelo da filha, limpando algumas lagrimas do rosto da mesma.
- Minha bela Catarina, escute o que irei lhe dizer: eu sei o que você esta sentindo, e isso me dói tanto.. Mas esse sofrimento todo irá passar, pode demorar algum tempo,mas passará. Agora, o melhor que você pode fazer é esperar que o tempo tome conta. Sabe, a solidão não é algo tão ruim, ela nos ajuda a entender as dificuldades da vida. E nos faz crescer. Solte esse sorriso lindo que só você tem, sorriso esse que alegra todos. Minha flor, você encontrará o amor verdadeiro em breve, é só ter paciência. – disse-lhe,dando um beijo na testa.
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